sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Um conto e infinitas possibilidades (...)

Bem, fui designada a continuar esse conto que Jacque iniciou e passou para Gutor que passou para mim que vou passar para alguém, que vai dar sequência. O importante é seguir em frente, independente de para onde se vá. ;)

(...) Morgana acordou com as batidas na porta, dormira tão profundamente que nem percebeu a chuva. Pela frecha da janela o céu parecia nublado e cinza, ela gostava quando ele ficava assim, gostava de olhá-lo depois do temporal, no entanto dessa vez não sentiu nenhuma vontade de ir até a sacada.
Havia por volta de meia hora que sua mãe batia insistentemente na porta suplicando que ela fizesse compahia ao filho mais novo dos Dalens, seus mais novos vizinhos. - Política da boa vizinhança, - ela dizia, mas no fundo só achava saudável que a filha pudesse conversar com mais alguém depois de imiscuir-se durante duas semanas inteiras. Vocês sabem... desde que ele se foi e coincidentemente, começaram as férias do colégio.
Na primeira vez que ouviu as batidas Morgana até desceu as escadas correndo, sabe essa coisa que a esperança dura mas também finda, é mentira. A esperança não acaba. Por um lado seria até bom se acabasse mesmo, pois levaria consigo toda essa espera infernal. Mas, mais uma vez não era ele, e ela decidiu então que ele não viria mais. Talvez as pessoas tenham coisas importantes a fazer. E isso deve ser respeitado, independente de quem seja. E já que era assim, ela não queria mais sair do quarto, queria apenas ficar quieta no seu canto, mas as pessoas também não entendem isso.
Enfim, cansada das importunas batidas foi até a janela, de lá podia ver o garotinho loiro com seu cachorro mesclado e sua cara de solidão. Engraçado, ele também parecia estar em permanente estado de espera, pensou. Vestiu o casaco listrado que ganhara "dele" no natal do ano passado, abriu a porta e caminhou até a geladeira, parecia desnorteada. Tomou um copo de leite e passou mais alguns instantes em frente a porta aberta, até se dirigir finalmente à varanda. Lílian ficou olhando da escada enquanto a filha ia em direção de seu mais novo amigo, como a cena de um filme em que a gente teme o que vai acontecer em seguida. Só que no caso dela era um filme bem triste. Tenho a impressão de que algo se iluminou naquele espaço. Talvez porque desde que Mike se mudara, aquele era como o primeiro vestígio humano, e ele, ao contrário dela, achava os dias chuvosos insuportáveis e apáticos.
- Oi. Bem vindo ao inferno. - ela disse quebrando o silêncio. Mesmo sabendo que aquelas não eram as mais apropriadas palavras para uma conversa entre crianças de oito anos de idade.

Minha missão acaba aqui, enquanto que a sua continua Sulivan. Good luck!
PS: Não sei porque porque mas isso me lembra a música Escape, do Muse.

10 comentários:

Gutor disse...

Muito bom... Só não gostei de algumas coisas, depois eu falo...
hehe
Espero que Alleson cuide bem desse conto, como eu, vc e Jacque fizemos!

Peace, Love and Empathy!

Unknown disse...

Finalmente vemos uns traços de personalidade dessa garota! Gostei da audácia! E que venha Sullivan!
"Peace, love and empathy"

Néctar da Flor - Rebeca e Jota Cê disse...

Josy,

A ingenuidade sempre vai fazer parte das melhores conversas do coração.

Beijo imenso, menina linda.

Rebeca


-

Unknown disse...

Esse domingo o céu ficou meio cinza, lembrei de você Bells.
O final pegou de surpresa...
Você não é tão previsível quanto se diz, tá vendo?

Beijo

D. Pimentel disse...

Oii! nossa vc escreve muito bem! devia tentar os contos mais vezes aqui, eu gostei particularmente.
Abração;

Pudim disse...

Realmente, finalmente vemos um pouco de cor nessa personagem que apresentava muitos tons de cinza. Por enquanto, minha parte favorita e que me deixou ansioso o suficiente para ler a próxima, ainda que não seja você a escrevê-la.

Quanto ao que você me disse, não sei realmente há quanto tempo você não aparece por lá, mas tenho, sim, escrito com maior frequência.

Sandra disse...
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Germano Viana Xavier disse...

Esse exercícios literários a muitas mãos são deveras interessantes. Parabéns pela continuação, Josy.

Sigamos...

~*Rebeca*~ disse...

Josy,

Que o seu dia volte a ter colorido... e suas palavras lá no blog sempre são cheias de luz.

Beijo imenso, menina linda.

Rebeca


-

Sandra disse...

Saudade beeeemmmmm grandona de vc!
Espero que esteja tudo bem.
Eu, por enquanto, estou bem.

Beijo enorme!